quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Wikileaks: a luta por aquilo que o mundo tem direito de saber.

Recentemente, a página Wikileaks (http://213.251.145.96/) causou furor em todo o mundo por revelar documentos que autoridades mundiais e pessoas poderosas querem esconder a todo custo.

Graças ao Wikileaks, hoje sabemos que Abu Graib foi uma gota d'água no oceano de crimes que as forças armadas dos EUA cometem no Iraque. O nosso ministro da Defesa, Nelson Jobim, foi desmascarado: trabalha em defesa dos interesses dos interesses ianques e critica a política externa brasileira sempre que esta contraria os interesses estadunidenses (http://www.conversaafiada.com.br/mundo/2010/11/30/escandalo-jobim-e-ministro-da-defesa-dos-eua/). Essas são só algumas das muitas notícias que vieram à tona, muitas delas oriundas de redações de jornais que, com sua censura interna, impedem que informações de interesse público sejam veiculadas caso contribuam negativamente para a imagem de algum de seus protegidos.

Embora não seja crime divulgar dados de interesse público, a Wikileaks tem sido vítima de uma reação violenta da justiça(?) internacional: seu fundador foi preso na inglaterra, a página foi retirada do ar e operadoras de cartões de crédito, que permitem doações para organizações racistas e nazistas, decidiram impedir seus clientes de doar dinheiro para o Wikileaks.

Por que tanto ódio? Autoridades estadunidenses afirmam que a página viola dados sigilosos. Mas aí entra-se em uma outra questão: os dados divulgados são de interesse público e dizem respeito a questões políticas, e, portanto, que não podem ser consideradas sigilosas, já que o governo é mantido pela sociedade e deve prestar contas a ela. O cidadão tem o direito de saber.

Assim, cabe a nós, cidadãos do mundo, lutarmos pelo acesso público desses dados. Há um abaixo-assinado contra a proibição do Wikileaks: http://bit.ly/eumXac. É importante que todos assinem. Precisamos mostrar ao mundo a nossa força e lembrar aos líderes mundiais que quem manda é o povo, e não eles que ficam perseguindo um paladino da democracia enquanto fingem que não vêem grupos racistas, xenófobos, homofóbicos, etc que se tornam mais fortes a cada dia e divulgam impunemente suas doutrinas, muitas vezes com apoio governamental.

Os documentos do Wikileaks estão sendo divulgados em páginas-espelho e disponibilizados em torrents. Acredito que a semente germinou e não conseguirão impedir a planta de crescer. De qualquer forma, é importante que lutemos pela página, por sua importância simbólica.

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